Custo dos deputados federais ultrapassa R$ 1,68 bilhão por ano. Foto: Bruno Spada/Divulgação
Cada deputado federal no Brasil tem um custo médio anual de até R$ 3,283 milhões, de acordo com um levantamento do site Poder360. Esse valor equivale à renda anual de 133 trabalhadores brasileiros, considerando a renda média per capita no país, que é de R$ 24,82 mil, segundo dados do IBGE. Para manter os 513 deputados da Câmara, o gasto total chega a R$ 1,68 bilhão por ano.
Os custos incluem:
- Salário de R$ 46,3 mil
- Verba de gabinete de R$ 125 mil,
- Encargos trabalhistas e assessores de R$ 49,6 mil,
- Auxílio-moradia de R$ 4,25 mil, cota parlamentar variável conforme o estado e reembolsos médicos.
Entre 2023 e 2025, os salários dos deputados tiveram reajuste de 18%, e até 2026, chegarão a R$ 46,366 mil. No mesmo período, a renda per capita dos brasileiros cresceu 27,3%, passando de R$ 1,625 mil em 2022 para R$ 2,069 mil em 2024.
O estudo considera a análise do Instituto 1001 sobre o impacto financeiro de um possível aumento no número de deputados na Câmara. Atualmente, há duas propostas em discussão: uma sugere redistribuir as cadeiras entre os estados sem aumentar custos, enquanto a outra prevê a ampliação do número de parlamentares de 513 para 527, conforme defendido pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A proposta de aumento no número de deputados está relacionada à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a readequação da composição da Câmara com base no Censo de 2022. Estados que tiveram crescimento populacional teriam mais representantes, enquanto outros poderiam perder cadeiras. Caso o número de vagas seja ampliado, o impacto financeiro estimado pelo Instituto 1001 aponta um aumento de 2,74% nos custos da Câmara.
O custo total do possível aumento das cadeiras na Câmara foi estimado em R$ 46,2 milhões anuais. Esse valor leva em conta os salários e benefícios dos novos parlamentares, além das despesas administrativas associadas à ampliação da estrutura legislativa. A proposta ainda está em debate e pode influenciar diretamente o orçamento do Poder Legislativo nos próximos anos.
A renda percapita no Brasil é calculada com base na divisão da renda total de uma residência pelo número de moradores e inclui salários, pensões e outras fontes de receita. O levantamento do IBGE não considera comunidades indígenas, quilombolas e áreas não habitadas. Caso a proposta de ampliação das cadeiras na Câmara avance, o impacto financeiro será um dos principais fatores a serem avaliados antes da decisão final.
