Na véspera de Ano-Novo, as praias de Itajaí, especialmente a Praia Brava e Cabeçudas, receberam uma grande quantidade de banhistas, gerando um movimento intenso nas areias. No entanto, com o aumento da procura, surgiram diversas queixas sobre a instalação antecipada de guarda-sóis por estabelecimentos comerciais, o que gerou a sensação de que as praias estavam sendo “loteadas”. Moradores e turistas relataram situações de abuso, como a cobrança exorbitante e a imposição de consumo obrigatório para usufruir das cadeiras e guarda-sóis.
Em um dos casos, no bar La Beach, na Praia Brava, um casal denunciou que o estabelecimento estava cobrando R$ 200 por duas cadeiras e um guarda-sol. De acordo com os banhistas, o bar não permitia que consumidores comprassem no balcão sem pagar pelo aluguel do equipamento. “Se você não aceitar pagar, não pode nem consumir”, reclamaram. Situação semelhante foi observada em Cabeçudas, onde a praia amanheceu tomada por guarda-sóis colocados pelos bares, sem que os clientes soubessem previamente os valores cobrados.
De acordo com as normas municipais, a instalação antecipada de guarda-sóis e cadeiras por bares ou vendedores ambulantes é proibida. A prática de reservar espaço nas praias pode levar à aplicação de multas e até suspensão dos serviços. Além disso, os estabelecimentos não podem exigir consumo para o uso de guarda-sóis e devem alugar os equipamentos mediante a emissão de alvará. A prefeitura de Itajaí ainda não se pronunciou sobre como será a fiscalização desses estabelecimentos para garantir o cumprimento das regras durante a alta temporada.