As eleições municipais vem se aproximando em o todo o Brasil, e em Navegantes não é diferente. Um dos assuntos mais comentados é a filiação do vereador Jonas de Souza ao MDB, partido cujo presidente é Fredolino, conhecido como Lino.
O que chama atenção nesse cenário é que, há quatro anos atrás, Lino proferia o famoso discurso “tornozeleira não”, em referência ao escândalo de corrupção. Na ocasião, Jonas, irmão do ex-prefeito Roberto Carlos, era um dos investigado na Operação Cidade Limpa, que apurava desvio de R$20 milhões da prefeitura de Navegantes, na secretária de obras onde Jonas foi secretário. Agora, vemos o MDB, que antes se colocava contra a corrupção, alinhado com Jonas, evidenciando o lado obscuro da política.
Essa mudança de alianças e o apoio a figuras anteriormente rejeitadas pela população sinalizam o teatro da política local. Nas últimas eleições, em 2020, a comunidade de Navegantes rejeitou tanto Lino quanto Roberto Carlos, mostrando uma clara insatisfação com a gestão anterior e suas conexões controversas.
A filiação de Jonas ao MDB ressalta a volatilidade das alianças políticas e levanta questionamentos sobre os verdadeiros interesses por trás das movimentações partidárias. Essa filiação gerou uma revolta no partido e uma saída em massa de filiados, além dos principais candidatos que disputaram as eleições em 2020, que não compactuaram com essa postura.