Luiza Marchiori, conhecida como a primeira skatista trans a competir no Brasil, está sendo investigada por diversas acusações de violência doméstica e sexual, registradas entre junho e julho deste ano na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Florianópolis. Conforme relatado pela Folha de S. Paulo, cinco mulheres denunciaram a atleta por crimes que incluem violência psicológica, ameaça, lesão corporal dolosa e importunação sexual, sendo uma das vítimas menor de idade.
As denúncias indicam que quatro das vítimas eram ex-namoradas da skatista e relataram ter sofrido abusos psicológicos durante os relacionamentos, ocorridos entre 2011 e 2021, antes da transição de Marchiori. Os relatos apontam que a atleta teria imposto comportamentos masculinos a suas parceiras, forçando-as a se vestirem com roupas masculinas e impedindo o uso de maquiagens e acessórios. Uma das vítimas menores de idade afirmou ter sido constrangida sexualmente pela atleta, que, segundo relatos, teria forçado a adolescente a dormir na mesma cama e a realizar toques inapropriados.
Em resposta às acusações, Luiza Marchiori se manifestou publicamente, alegando que as denúncias são motivadas por transfobia. Segundo a skatista, as acusações surgiram em um contexto de preconceito e discriminação contra pessoas trans. A advogada das vítimas, Bruna Brigoni, afirmou que mais de dez mulheres procuraram seu escritório após as denúncias, revelando, segundo ela, uma “grande maioria” de casos de agressão física.