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Santa Catarina registra aumento de 118% no tratamento do HIV em 10 anos

Foto: Freepik/Reprodução Abre Olho Notícias

Maioria dos pacientes são homens entre 40 e 59 anos

O número de pessoas em tratamento para HIV e Aids pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina aumentou 118% na última década. Em 2024, o estado registrou 50.927 pacientes em terapia antirretroviral (TARV), enquanto em 2014 eram 23.334.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 85% das 59.872 pessoas diagnosticadas no estado estão em tratamento, 13% interromperam a terapia e 2% ainda não iniciaram. A TARV reduz a mortalidade e melhora a qualidade de vida dos pacientes, impedindo a progressão da doença. Os medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo SUS.

Em 2024, exames de carga viral apontaram que 94% dos pacientes em tratamento apresentam carga viral indetectável (até 200 cópias/mL), o que elimina o risco de transmissão sexual do vírus.

A maioria dos pacientes em tratamento pelo SUS no estado é composta por homens (63%), com destaque para a faixa etária de 40 a 59 anos, que representa 27,5% dos casos. Entre as mulheres da mesma idade, o índice é de 19,9%.

Outros dados sobre o perfil dos pacientes:

  • Homens de 25 a 39 anos: 25,1% | Mulheres: 8,3%
  • Pessoas acima de 60 anos: 8,4%
  • Jovens de 18 a 24 anos: 3,1%
  • Menores de idade: 0,6%

Entre os pacientes em TARV, 79,6% se autodeclararam brancos ou amarelos, 13,4% pardos, 5,8% pretos e 0,1% indígenas. Em relação à escolaridade, 34% estudaram entre 8 e 11 anos, 27% até 7 anos, 26% completaram 12 anos ou mais e 13% não informaram.

Acesso ao tratamento pelo SUS

O tratamento do HIV é gratuito pelo SUS desde 1996. Qualquer pessoa diagnosticada tem direito ao início imediato da terapia. Os medicamentos podem ser retirados em farmácias hospitalares e ambulatoriais do SUS, além de farmácias e drogarias credenciadas.

Os antirretrovirais impedem a multiplicação do vírus e evitam o enfraquecimento do sistema imunológico. O tratamento também é indicado para gestantes para prevenir a transmissão ao bebê.

A adesão à terapia é essencial para garantir sua eficácia. Segundo o Ministério da Saúde, é necessário seguir corretamente o esquema terapêutico, com uso mínimo de 95% das doses prescritas.

A transmissão do HIV pode ocorrer por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gestação e amamentação. Por isso, a realização de testes e o uso de métodos preventivos são recomendados.

Mais informações estão disponíveis na página do Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br

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