Na manhã deste domingo (30) a Policia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de estupro no Cis de Itajaí.
Tudo se iniciou quando a menina de seis anos foi dormir na casa do pai e no dia seguinte a mãe ficou sabendo por intermédio da ex-sogra que a criança estava com sangramento vaginal, e quando questionada, a ex-sogra disse que a menina havia caído da cama no quarto do pai.
A mãe imediatamente a levou no Centro Integrado de Saúde apresentando dores na região genital e sangramento. Após avaliação médica, o mesmo descartou a possibilidade de tombo, mas que a pequena em suas partes intimas apresentava edemas, hematomas e um pequeno corte, e então o medico orientou que ela passasse por um profissional legista pois havia suspeita de estupro.
Então dada as circunstâncias, a Polícia saiu em busca do suspeito e o prendeu em flagrante, que acabou sendo levado para a Central de Plantão. Após a chegada, o Delegado de Plantão, Ricardo, não se encontrava no local e por telefone decidiu liberar o acusado pois entendeu que “não cabia flagrante”; nem a criança e nem a mãe foram interrogadas antes da liberação do suspeito de cometer o estupro.
O Delegado Regional de Itajaí, Márcio Colatto, não tinha conhecimento do caso até a tarde deste domingo, e explicou a decisão de não prender o pai da menina: “O delegado de plantão tem a capacidade e conhecimento jurídico para definir o que é flagrante ou não. O que ele não pode fazer é prender alguém em flagrante sem que tenha elementos suficientes, isso seria abuso de poder”.
Segundo Colatto, nesse caso o encaminhamento do delegado responsável é a busca das informações, o exame de corpo delito da vítima e, se houver elementos, solicitar a prisão preventiva do acusado ou encaminhar o caso para delegacia especializada, de proteção à criança, adolescente, mulher e idoso.