Foto: PCSC/Divulgação
A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou nesta quarta-feira (10) a segunda fase da Operação Ghosthunters, que tem como alvo uma fraude de aproximadamente R$ 6 milhões contra uma fintech com sede em Florianópolis. A ação foi coordenada pela Delegacia de Combate a Estelionatos (DCE/DIC da Capital) e ocorre simultaneamente em oito estados do país.
A fraude ocorreu em julho de 2024, quando um hacker teve acesso ao sistema da empresa e realizou mais de 300 transações indevidas. Na primeira fase da operação, o autor do ataque foi identificado, preso preventivamente e teve cerca de R$ 200 mil em bens apreendidos, além de criptoativos bloqueados.
A nova etapa da operação visa identificar outras pessoas envolvidas, especialmente os chamados “conteiros” — indivíduos que receberam os valores desviados em suas contas bancárias para tentar ocultar a origem do dinheiro. Ao todo, foram expedidos 23 mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão, com cumprimento em 15 municípios de oito estados, incluindo São Francisco do Sul, em Santa Catarina.
Os investigados podem responder por furto mediante fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 21 anos de prisão, além de multa.
OPERAÇÃO GHOSTHUNTERS
A Operação Ghosthunters é coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O nome faz referência ao trabalho das polícias civis na identificação de criminosos que atuam com identidades ocultas em fraudes virtuais e movimentações financeiras digitais, como o uso de criptoativos.
