O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) abriu um procedimento extrajudicial para apurar as agressões cometidas por policiais militares contra a advogada Aline Borges da Silva e sua mãe, em um mercado atacadista de Içara, no Sul do estado. O caso ocorreu na noite de sábado (9), após a Polícia Militar ser chamada para atender uma possível ocorrência de injúria contra uma funcionária do local. A advogada, que estava presente, solicitou acompanhar a situação, mas a situação rapidamente se intensificou.
Imagens divulgadas mostram Aline, vestida de preto, sendo contida por policiais sob a acusação de desacato, enquanto sua mãe, uma servidora do Ministério Público, tenta ajudar e acaba empurrada ao chão. Em outro momento, a advogada é algemada e levada para a viatura, enquanto sua mãe, ao tentar intervir novamente, recebe um tapa no rosto de um dos policiais. A situação gerou repercussão nas redes sociais e na comunidade jurídica, que criticou a ação dos agentes de segurança.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) emitiu nota de solidariedade à advogada, afirmando que suas prerrogativas foram violadas e que ela foi agredida. A presidente da seccional, Cláudia Prudêncio, entrou em contato com o Comandante do Batalhão da Polícia Militar em Içara, solicitando o afastamento dos policiais envolvidos. A Polícia Militar de Santa Catarina informou que as atitudes dos agentes estão sob investigação para apuração dos fatos e responsabilidades.