Um homem acusado de estuprar um adolescente de 15 anos no último dia 28 de outubro, aluno da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e diagnosticado com autismo, foi solto pela Justiça após alegar que possui problemas mentais. O caso ocorreu no banheiro do terminal rodoviário de Navegantes, onde o adolescente teria sido levado pelo acusado.
De acordo com a mãe da vítima, o suspeito é um perigo para a população e não deveria ter sido libertado. “Ele deveria estar preso, para que situações como essa não se repitam. Meu filho é uma pessoa vulnerável, e a Justiça deveria ter protegido ele”, desabafou.
A mãe ainda destacou que o jovem, devido ao seu quadro de autismo, possui dificuldades em se comunicar e entender certas situações, o que o torna ainda mais vulnerável a abusos. Ela se mostrou inconformada com a decisão judicial e pediu uma reavaliação do caso, temendo que o homem volte a cometer o mesmo tipo de ato.
O acusado, que já possui um histórico de problemas mentais, foi solto após apresentar um atestado médico que alegava comprometimentos psicológicos. A decisão gerou indignação em membros da comunidade, que questionam se a alegação de problemas mentais pode ser usada como justificativa para ações que afetam o bem-estar de pessoas vulneráveis.