Na última quarta-feira (26), a Justiça de Santa Catarina condenou 17 envolvidos no mega-assalto ao Banco do Brasil em Criciúma, realizado em 2020. O roubo, considerado o maior da história do estado, resultou no furto de R$ 125 milhões e gerou penas que variam de 9 a 50 anos de prisão para os criminosos. Entre os condenados, estão 13 homens e 4 mulheres, sendo que os principais executores do crime receberam as sentenças mais severas. O ataque foi classificado como parte da modalidade criminosa conhecida como “novo cangaço”, em que assaltantes tomam o controle de pequenas cidades para realizar crimes de grande porte.
O assalto, que ocorreu na noite de 30 de novembro de 2020, envolveu cerca de 30 bandidos armados com fuzis e explosivos. Eles cercaram o centro de Criciúma, bloquearam ruas e incendiando veículos, além de fazerem reféns e atirarem contra a polícia. Um policial militar ficou gravemente ferido durante a ação. O bando fugiu em carros, deixando para trás parte do dinheiro e 30 quilos de explosivos, enquanto causava um caos na cidade. O roubo foi meticulosamente planejado, com a cidade sendo isolada para dificultar a chegada das forças de segurança.
Após quatro anos de investigações sigilosas, dois inquéritos criminais foram abertos, resultando nas condenações recentes. Em um dos inquéritos, os líderes da organização criminosa foram denunciados, enquanto em outro, os réus enfrentaram acusações de roubo qualificado, lesão corporal grave, dano qualificado e incêndio. O caso segue sendo um marco no combate ao crime organizado em Santa Catarina, que tem se mostrado cada vez mais ousado e violento, com a utilização de táticas de guerrilha urbana e assaltos a bancos em larga escala.
