As caravelas-portuguesas, espécie de água-viva conhecida por seu veneno, começaram a aparecer no litoral de Santa Catarina, com registros em Florianópolis e Balneário Camboriú. Em apenas sete dias, 44 casos de envenenamento, popularmente chamados de “queimaduras”, foram reportados pelo Corpo de Bombeiros. A espécie Physalia physalis, identificada pela coloração roxa e rosa, é mais comum durante o verão, quando ventos e massas de água quente trazem esses animais do alto-mar para a costa.
O professor Alberto Lindner, da Universidade Federal de Santa Catarina, alerta que o contato com os tentáculos das caravelas pode causar dor intensa e, em casos graves, requerer atendimento médico. Segundo ele, as praias mais expostas ao oceano tendem a ter maior presença desses animais. O Corpo de Bombeiros sinaliza as áreas de maior risco com bandeiras lilás, e informações sobre a presença das águas-vivas podem ser consultadas no aplicativo CBMSC Cidadão.
Caso seja atingido por uma água-viva, os bombeiros recomendam remover os tentáculos com cuidado, sem esfregar a pele, lavar a região com água do mar e aplicar compressas de vinagre para neutralizar o veneno. Evitar o uso de água doce é crucial, pois ela pode liberar mais toxinas dos tentáculos. A conscientização e o cumprimento das orientações são essenciais para prevenir acidentes e aproveitar as praias de forma segura.