FOTO: REPRODUÇÃO
Uma discussão por um fogão terminou em tragédia e chocou moradores de Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina. Na tarde desta segunda-feira (3), Isacleia, de aproximadamente 45 anos, natural do Paraná, foi encontrada morta dentro do quarto onde morava, na Rua 406-I, no bairro Morretes.
Horas antes de morrer, a mulher enviou mensagens e áudios a conhecidos dizendo que vinha sendo ameaçada por uma mulher após um desentendimento envolvendo um fogão e dinheiro. Em um dos áudios, Isacleia fez um alerta que agora causa arrepios: “Se algo me acontecer, é porque a pessoa mandou fazer.”
O corpo foi encontrado com diversos ferimentos e fortes golpes na cabeça. Vizinhos, preocupados com o silêncio incomum da manhã, acionaram a Polícia Militar. A cena encontrada pelas equipes foi de extrema violência. A área foi isolada e a Polícia Científica realizou a perícia no local.
O marido da vítima afirmou ter saído de casa por volta das 6h para trabalhar e, a princípio, não é considerado suspeito. A hipótese de feminicídio dentro da relação foi praticamente descartada, mas a polícia investiga se houve a participação de outras pessoas ou se o crime foi encomendado.
O celular de Isacleia foi apreendido e deve ser fundamental para o avanço das investigações, já que contém as mensagens e áudios com as ameaças relatadas. “Tudo indica que ela sabia que estava em perigo. Vamos analisar o conteúdo e identificar os envolvidos”, afirmou um investigador que acompanha o caso.
O crime deixou o bairro Morretes em choque. Vizinhos e conhecidos descreveram Isacleia como uma mulher tranquila e trabalhadora. “Ela pediu ajuda, disse que estava sendo ameaçada, mas ninguém acreditou. Agora é tarde demais”, lamentou uma vizinha.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e o caso está sob responsabilidade da Delegacia de Polícia de Itapema, que segue apurando a autoria e as circunstâncias do homicídio.
Enquanto a investigação avança, a morte de Isacleia se torna símbolo de uma tragédia anunciada. Uma discussão banal, uma ameaça ignorada e uma vida interrompida de forma brutal. “Ela avisou que seria morta — e foi”, resumiu um morador indignado.
