Na noite desta quinta-feira, 5 de setembro, a redação do portal Abre Olho Notícias foi procurada por vizinhos preocupados com a situação de Ylfida Felix, uma haitiana de 49 anos que luta contra um câncer avançado no seio. Ylfida havia sido atendida no hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, onde exames confirmaram o estado crítico da doença, com secreções e complicações graves. No entanto, para a surpresa de todos, ela foi liberada e enviada de volta para casa com apenas algumas medicações, sem um tratamento adequado, segundo os vizinhos.
Logo após retornar à sua residência, Ylfida começou a sentir fortes dores, o que preocupou ainda mais sua vizinha e amiga, Salete, que a ajudou a levá-la ao hospital de Navegantes. Entretanto, o hospital de referência para casos como o de Ylfida continua sendo o Marieta, de onde ela havia sido enviada para casa, o que gerou indignação. Salete expressou sua revolta e preocupação, afirmando acreditar que o hospital pode ter agido com preconceito, deixando a mulher sem o suporte necessário para sua grave condição, o que, segundo ela, soa como um abandono à própria sorte.
A assessoria de comunicação do hospital Marieta Konder Bornhausen foi procurada pelo portal Abre Olho Notícias para esclarecer os motivos da decisão de mandar Ylfida para casa, mesmo com seu estado crítico. No entanto, até o fechamento desta matéria, não houve nenhum retorno ou explicação oficial sobre o ocorrido. Ylfida, que não vê seus filhos há mais de seis anos, expressou o desejo de reencontrá-los no Haiti, mas a situação delicada de sua saúde parece agravar ainda mais essa possibilidade, ampliando o sentimento de descaso que cerca o caso.
