Guardas municipais que torturam deficiente mental em BC são presos pela polícia

Na tarde de quinta-feira, 11 de julho, a Polícia Civil de Santa Catarina, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC) e da Delegacia da Comarca de Balneário Camboriú, deflagrou uma operação para cumprir dois mandados de prisão preventiva contra dois guardas municipais suspeitos de torturar uma pessoa com deficiência mental em janeiro deste ano. Durante a operação, um dos suspeitos foi preso em sua residência, enquanto o outro não foi localizado nos endereços indicados, sendo considerado foragido.

Esta operação é a segunda fase de uma investigação iniciada em 22 de abril de 2024, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos e aplicadas medidas alternativas à prisão. Após um recurso, o Tribunal de Justiça determinou a prisão preventiva dos guardas municipais nesta quinta-feira. As investigações giram em torno de um caso de abuso policial que chocou a comunidade local.

Arthur, de 31 anos, diagnosticado com retardo mental moderado, desapareceu em 26 de janeiro após sair para visitar amigos. Sua família o encontrou em uma Unidade de Saúde, machucado e traumatizado. Segundo Arthur, ele foi abordado por dois guardas municipais enquanto se abrigava da chuva sob um viaduto. Os guardas o agrediram, cortaram seu cabelo e o enforcaram com uma corda antes de deixá-lo desacordado nas margens da BR-101. Ele foi resgatado por funcionários da concessionária da rodovia e pela Polícia Militar, sendo levado para um pronto atendimento em Itajaí.