FOTO: ARQUIVO PESSOAL
Uma tragédia abalou o bairro Cordeiros, em Itajaí. Luis Ricardo Lima dos Santos, de apenas sete anos, morreu no último dia 29 de outubro, um dia após ser atendido no Centro Integrado de Saúde (CIS) do município. A família acusa negligência médica e cobra explicações das autoridades.
Segundo o tio da criança, Willian, o menino nasceu com um problema intestinal crônico, o que o obrigava a usar fraldas e conviver com dores constantes no estômago. Na segunda-feira (28), Luis passou mal e foi levado pela avó ao CIS. Lá, segundo relatos, desmaiou e chegou a defecar nas roupas. A médica que o atendeu teria diagnosticado virose, aplicou soro intravenoso e o liberou para casa.
Na manhã seguinte, a situação se agravou. A família contou que Luis amanheceu com fortes dores e a cama suja. Poucas horas depois, o avô ouviu um barulho e encontrou o menino inconsciente no quarto. O SAMU foi acionado, mas, devido à demora, os familiares decidiram levá-lo diretamente ao quartel do Corpo de Bombeiros, também no bairro Cordeiros. Apesar das tentativas de reanimação, o menino não resistiu.
A família registrou boletim de ocorrência e afirma que os profissionais de saúde conheciam o histórico clínico da criança, mas não tomaram as providências necessárias.
Prefeitura abre investigação
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí lamentou a morte e informou que o atendimento foi feito por uma pediatra efetiva com mais de 20 anos de experiência, seguindo protocolos institucionais. O prefeito Robson Coelhodeterminou a abertura de uma sindicância interna para apurar o caso e garantir transparência na investigação.
Escola presta homenagem
A Secretaria Municipal de Educação também divulgou uma nota de pesar e prestou homenagem ao aluno, descrito como um menino “alegre, carinhoso e curioso”, que encantava colegas e professores.
“Sua partida precoce causa grande comoção e tristeza em toda a comunidade escolar”, diz o texto.
Luis Ricardo estudava no Centro Educacional de Cordeiros, onde cursava o 1º ano do Ensino Fundamental. Ele morava com a mãe e a avó. O corpo foi sepultado em Itajaí sob forte comoção de familiares e amigos.
